
Descubra como aproveitar a estratégia de arquétipos de marca para criar um cultura forte na sua empresa
Assim como os seres humanos, não existem duas organizações iguais.
As diferenças entre as empresas podem ser tão evidentes como localização e segmento, ou tão sutis como a cultura organizacional. Porém, é preciso entender de que maneira esses fatores podem ser trabalhados em uma forte vantagem competitiva.
Sendo assim, vale a observação de como podemos alinhar arquétipos de marca e cultura organizacional.
Vamos começar com algumas definições.
Este artigo é oferecido por Cristiane Thiel:
“Amo estudar e ensinar. Eu acredito que todos nós, como pessoas, empresas, marcas, seja qual for o foco, pessoal ou profissional. Sempre podemos ser mais, melhorar em algo, aprender algo novo, descobrir novos talentos.
Tenho mais de 20 anos de experiência em Branding e Marketing. Sou palestrante, professora, consultora e escritora. Eu tive a oportunidade de passar por grandes empresas como TOTVS, FECAP e São Paulo C&VB.
Hoje, com mais de 15 mil alunos em 74 países, meus cursos foram selecionados pelo Udemy for Business, a solução de aprendizagem B2B da Udemy.”
Cultura Organizacional
De maneira resumida, cultura organizacional é o conjunto de valores, motivações e premissas que norteiam seus colaboradores.
As empresas com uma clara visão sobre sua cultura organizacional tendem a ser mais bem-sucedidas do que aquelas menos conscientes neste sentido.
Isto acontece, porque desenvolvem sistemas que promovem o desempenho, a produtividade e o engajamento de todos da equipe.
Ou seja, ter uma forte cultura organizacional, motiva todos a darem o melhor de si. Sendo assim, podemos dizer que ela explica e valida a personalidade da empresa.
Se pensarmos na personalidade de uma pessoa, podemos destacar seus valores, crenças, interesses, experiências e motivações.
A cultura de uma empresa é composta por todas as experiências de vida que cada colaborador traz para a organização. É especialmente influenciada por seu fundador, executivos e tomadores de decisão.
Arquétipo de Marca
Quando usamos o termo “arquétipo” nos negócios, estamos trazendo a abordagem desenvolvida por Carol Pearson após anos de pesquisa na área do desenvolvimento organizacional.
Seu trabalho se baseia especialmente nos estudos de Carl Jung e Joseph Campbell para compreender as motivações e expressões das pessoas e das marcas.
Assim, ela desenvolveu um sistema composto por 12 arquétipos que tornam muito mais intuitivo o trabalho de construção de marcas.
Na medida em que a personalidade da marca não é inventada, mas analisada e mapeada para determinar como é a melhor maneira de mostrá-la ao mundo.
Arquétipos são como modelos ideais que aparecem em histórias e mitos ao longo de toda a existência humana. Por ultrapassarem barreiras culturais, linguísticas e geográficas, conseguem se comunicar com o inconsciente de qualquer pessoa.
Quando falamos em personagens do cinema, fica mais fácil o entendimento.
Por exemplo, Indiana Jones é a representação de um destes arquétipos, o Explorador. Por outro lado, temos Maximus no filme Gladiador, que personifica o Herói. Na ficção estes arquétipos são utilizados justamente para tornar mais compreensíveis as motivações e características dos personagens.

Cena do Filme “Indiana Jones e o Templo da Perdição”.
É o mesmo princípio aplicado às empresas que faz a comunicação tão assertiva. Os arquétipos de marca alinham a missão da organização com o propósito de cada colaborador, o que aumenta o engajamento das equipes.
Quando trabalhamos a personalidade da marca com esta abordagem, definimos um arquétipo dominante e dois auxiliares. Esta percepção, além de guiar as ações voltadas aos clientes e potenciais clientes, também atinge em cheio o coração dos colaboradores.
Alinhando Arquétipos de Marca à Cultura Organizacional
Para exemplificar minha proposta neste artigo, vamos pensar no arquétipo do Cuidador. Estes personagens são conhecidos pelo desejo de nutrir e proteger nossa mente, corpo e alma. Madre Teresa é um ótimo exemplo que ultrapassa a ficção.

As marcas que têm o Cuidador como seu arquétipo dominante são altruístas, querem oferecer suporte e cuidar das pessoas (clientes e colaboradores).
Muitas vezes, o Cuidador é associado a marcas de segmentos como saúde, cuidados pessoais ou alimentos. Porém, o que determina o arquétipo são as motivações e valores da marca e não a categoria de seus produtos ou serviços.
Sendo assim, o trabalho com os arquétipos pode ser focado na personalidade da marca, mas também para mapear os perfis de gestores e colaboradores.
Se por um lado métodos como DISC (perfil comportamental) e MBTI (tipo psicológico) nos ajudam a entender como vemos o mundo, os arquétipos de marca trazem informações de como o mundo nos vê.
Em um mundo cada vez mais dinâmico onde todos podem se expressar, a exemplo das redes sociais, precisamos saber como os outros nos veem e como respondem aos nossos estímulos. Além de saber quais são nossas forças, precisamos saber nossas diferenças.
Os atributos ou benefícios de produtos e serviços podem ser facilmente copiados e replicados pelos concorrentes, mas a personalidade de uma marca dificilmente será.
Gostou deste artigo? Então, assine nossa newsletter e receba conteúdos como esse diretamente na sua caixa de e-mail.




